O sono, a loucura, não dão idéia da morte. O amor, sim. A sacudida de todos os nervos, a aceleração do ritmo cardíaco, a abolição da consciência, não são mais que uma rápida agonia. No momento em que a gente se projeta fora de si mesmo, morre-se um pouco; faz-se uma excursão momentânea à morte, que parece mais bela porque se morre a dois e volta-se à vida.
A história exalta o passado e vislumbra o futuro: quem passou pela vida sem rastreá-la, e em plácido repouso adormeceu, foi espectro de homem, passou pela vida, e não viveu.
Se eu pudesse recomeçar a vida, eu faria os meus sonhos ainda mais grandiosos porque a vida é infinitamente mais bela e maior do que eu imaginava, mesmo em sonho.