Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Nenhum estudante teria permissão para freqüentar a universidade antes de completar vinte anos, idade em que passaria por um examen rigorosum nas duas línguas antigas antes de fazer a matrícula. Com isso, todavia, o estudante seria liberado do serviço militar e obteria suas primeiras doctarum praemia frontium (recompensa das frentes doutas). Um estudante tem muita coisa para aprender, por isso não pode estragar um ano ou mais de sua vida com o manuseio de armas, um trabalho tão heterogêneo em relação ao seu.
É preciso ser econômico com o tempo, a dedicação e a paciência do leitor, de modo a receber dele o crédito de considerar o que foi escrito digno de uma leitura atenta e capaz de recompensar o esforço empregado nela.